domingo, 6 de junho de 2010

Meus primeiros meses!

Oi, tudo bem?

Eu sou o Davi. Esse aí da foto! Tô lindão, né?

Agora, quem vai escrever sou eu... afinal o blog é meu, não acham? E além do mais, o papai anda muito ocupado com o trabalho dele e as coisas da casa. Fora que às vezes ele tem que ajudar a mamãe a me cuidar.

Sabem, eu preciso de muito cuidado! Esses primeiros meses de vida são muito intensos. Segundo a mamãe, “é uma função” ter que cuidar de mim. Dificilmente eu dou descanso pra eles. Muitas vezes o papai ta trabalhando – ele trabalha em casa, sabiam? – e a mamãe, comigo no colo, grita pedindo a ajuda dele. O papai sai correndo e tropeçando em tudo pra me acudir, mas normalmente não é nada de mais!

Mas deixe-me contar como foi esses dois primeiros meses de vida:

Assim que eu cheguei da maternidade, o papai e a mamãe já ficaram 100% “na função” comigo. Eu queria mamar a cada instante. E quando não era fome, era a fralda que tava suja. Gente, vocês não tem idéia de como um bebezinho como eu suja fralda. Teve até uma vez, que a mamãe chegou a contar num período de 24 horas, quantas fraldas eu sujei: foram mais de 10! E não é só fralda descartável não... é pomada pra assadura, lencinho perfumado, fralda de pano... muita coisa!

Pois bem, logo que cheguei só mamava, ficava “cocozado” e dormia muito. Quer dizer, eu continuo dormindo bastante, mas agora com menos intensidade! Outra coisa bem característica de nós bebês, é que choramos muito. Muitas vezes não é chorinho simples... nós literalmente botamos a boca no mundo! Gritamos até ficar roxo e quase sem ar! A mamãe, coitada, muitas vezes fica desesperada com essa atitude minha. Mas não é por querer... é alguma coisa que está me incomodando. Seja fome, fralda, sono ou qualquer outra coisa que muitas vezes o papai e a mamãe não sabem o que é! O engraçado é que eles tentam de tudo pra tirar essa irritação... ‘tadinhos! Apesar dessa “comunicação” entre a gente ainda estar engatinhando, vários dos meus choros eles já conseguem decifrar.

Com o passar das semanas e eu ficando mais maduro - eu não sou fruta não, viu? – alguns sintomas foram aparecendo para o desespero do papai e da mamãe. É o seguinte: o bebezinho, logo que nasce, ainda não está com o aparelho digestivo totalmente formado. Então, quando mamamos ou, segundo o papai, “comemos que nem um condenado”, não sabemos direito o momento certo de parar. Daí o que acontece, é que a gente acaba vomitando um pouco... quer dizer, um pouco não... MUUUUITO! Teve uma vez que eu vomitei quatro vezes numa única mamada. A mamãe se desesperou! Com esse meu ato, o papai resolveu ligar para o meu médico – chique, né? – e explicou a situação. O doutor disse que eu poderia ter um problema normal em quase todos os bebês... refluxo. Não é exatamente um problema, mas é algo que me incomoda e pra isso precisei tomar alguns medicamentos. Como eu ainda sou bebezinho, a mamãe colocava os remédios na seringa e injetava na minha boca. Às vezes eu engasgava, credo!

Eca... eu tomava um remédio que me sujava todinho!

Bem, com a medicação em dia, o problema do refluxo iria se resolver, certo? ERRADO! Os vômitos continuavam e a preocupação do papai e da mamãe aumentando. Eles falaram com o médico mais uma dezena de vezes e nada do refluxo passar. Chegaram a me levar no hospital pra fazer um exame mais detalhado, um tal de raio-x contrastado. Eu fiquei muito nervoso na hora e chorava demais, para o desespero da mamãe, que ficou fora da sala do exame. Foi o papai que entrou para ajudar as médicas a me segurar. Esse exame é chato, porque eu preciso ficar em jejum por mais de 3 horas. Imaginem só... eu que mamo a cada 2 horas! Galera, eu tava “zureta” de fome! Bem, no final das contas, com o exame em mãos, foi constatado que estava tudo normal. Eu não tinha nada. Contamos o resultado do exame para o meu médico e ele disse pra cortar a medicação. A mamãe não pensou duas vezes: parou no mesmo instante!

Mas como isso era possível? Eu não tinha nada de refluxo e continuava vomitando? Como assim? Até a mamãe começou a se cuidar na alimentação. Ela cortou e evitou muitos alimentos que poderiam me dar cólica, como chocolates, amendoim, leite e derivados. Coitada... ficou algumas semanas só na sopinha e no leite de soja! Credo, ninguém merece! Após essa dieta nada agradável e para o desespero da mamãe, eu continuava vomitando e com muita cólica. Mas qual era o motivo então? A mamãe pesquisou em alguns sites na internet e descobriu que isso é normal em nós bebês! Até os 3 primeiros meses, temos muita cólica e eventualmente vomitamos. E por quê? Porquê é normal! Não existe uma regra. Cada bebezinho é diferente. Alguns mais, outros menos... no meu caso é muito mais!

Como eu sou um pouco agitado (acho que puxei a mamãe... hihihi), é indicado dar chupeta pra nós. Só que tem um probleminha... eu ainda não domino a arte de chupar chupeta! Embora o papai tenha batido algumas fotos minhas em ação, eu não fui muito com a cara da tal da chupeta. Bem, vamos ver mais adiante se eu mudo de idéia e resolvo adotar a chupeta como calmante!

Eu recebi também várias visitas. Os amigos do papai e da mamãe resolveram aparecer aqui em casa pra me ver e saber das novidades. Um dos amigos do papai, o tio Everton trouxe uma máquina fotográfica muito legal e bateu várias fotos da mamãe me dando banho.

A tia Gisele, amiga da mamãe e do papai também veio. Ela me deu uma roupa muito legal que a mamãe adorou!

E as comadres da mamãe, tia Fer e tia Ju, também vieram me ver!

O padrinho da mamãe, o tio Sérgio veio de longe... lááááá de Três Passos, RS, cidade onde moram os parentes do vovô Orlando e da vovó Gelssi.

O vô Guino e a vó Jussara também apareceram por aqui. Eles não moram em Curitiba, então sempre que aparecem por aqui vem me visitar. Numa dessas visitas, o vovô Guino viu meu banho. Como eu ainda não estou muito acostumado com a água, abri aquele berreiro, né?

Quem também veio me visitar, foi a bisa Nilce, que é a vovó do papai. Veio ela, a tia Janice, o tio Inacinho, o vovô Guino e a vovô Jussara. A mamãe tava preocupada que eu fosse dar aquele meu “show”, sabem... mas ela mordeu a língua! Eu me comportei muito bem! Fiquei bem de boa no colo da bisa e até ri pras fotos que o papai tava batendo.

Nesses últimos dias, quem veio me visitar também foram a família do tio Walace. Veio todo mundo! Eles também não moram aqui em Curitiba. Vieram lá de Campinas! Foi bem legal... fiquei brincando com meu primo João Guilherme várias vezes! O tio Vini também, só que ele veio de Blumenau!

Ahh, e o amigo do papai, o tio Guto também veio e trouxe junto a filha dele, a Dudinha!

Às vezes, enquanto eu durmo, a mamãe corta as minhas unhas. Só assim mesmo, já que quando eu estou acordado, eu não paro um segundo com as minhas mãozinhas.

Num desses finais de semana, o papai e a mamãe me levaram no shopping pra passear. Até que foi legal, mas eu dormi quase o tempo todo. Daí quando eu acordei comecei a chorar porquê tava querendo mamar. Fomos correndo pra casa, né?

No bebê-conforto me preparando para passear!

Tirando aquela soneca no carrinho e deixando a mamãe e o papai almoçarem.

O papai adora quando chega o fim de semana, sabem por quê? É quando nós vamos pra casa da vovó Gelssi e do vovô Orlando. A vovó ajuda a mamãe a me cuidar, sabia? E com elas me cuidando, o papai dorme até não querer mais! Teve uma vez que ele dormiu mais de 12 horas, acreditam? Eu também gosto de ir na casa da vovó... olha minha cara de felicidade!

Mas viu, deixe-me contar uma coisa muito legal que aconteceu. Esses dias que o papai saiu, ele me trouxe de presente um móbile! É, um desses brinquedos que coloca no berço pra gente ficar olhando quando estamos deitados. No começo eu não sabia pra que servia, mas aos poucos eu fui notando que tudo nesse brinquedo se mexia. E o mais legal, é que é tudo sozinho! É muito lindo, sabem... é de selva e tudo muito colorido! Toca umas musiquinhas de bebê e faz barulho de selva! Isso mesmo... tem uns bichinhos que ficam girando e umas folhas que abrem e fecham sozinhas! Eu fiquei bem feliz!

Mas uma coisa que eu não posso esconder são meus puns! É isso mesmo... eu peido e peido muito! Muitas vezes eu estou dormindo e de repente: PRRRRRR BRRRR POC POC PUM PUM. Tipo, uma sequência respeitosa de puns! Eu acho muito legal! O papai e a mamãe dão muita risada. Só às vezes quando tão trocando a minha fralda e eu solto um pum “à queima roupa” na mamãe. Eu só escuto ela falando: “Pô Davi... assim já é sacanagem!” Ou então quando eu faço xixi sem ninguém esperar, também é muito engraçado! Deixa eu contar uma história: uma vez eu tava no consultório do médico e ele tava me examinando. Eu tava lá, de boa, todo peladão... quando me deu uma vontade grande de fazer xixi! Não pensei duas vezes... Xiiiiiiiiiiii... direto no médico! Ele ficou todo molhado! O papai e mamãe se fantasiaram de parede, tamanha a vergonha que sentiram.

Olha só a minha cara de safado!

Tem horas, durante a noite, em que eu começo a fazer uns barulhinhos quando estou dormindo. A mamãe já fica com a orelha em pé e já vai bisbilhotar o que eu estou fazendo. Tem vezes que eu acordo de madrugada pra mamar. Aí começa aquela rotina que o papai custou a aprender. É assim ó: eu choro, a mamãe me pega no colo, liga o aquecedor e eu continuo chorando. A mamãe chama o papai que está jogadão na cama. O papai vem cambaleando e já vai direto no banheiro ligar a água quente pra esquentar os paninhos pra limpar a minha bundinha (em quase 100% das vezes eu estou “cocozado”, e ser limpado com lencinho úmido e gelado ninguém merece, né?). Depois que o papai chega com os paninhos quentes no meu quarto, a mamãe já tirou a minha calça e também já checou o tamanho da “cocozada” que eu fiz. Tem vez que ela fala umas palavras que eu ainda não sei o significado, mas já sei que coisa bonita não é! Enquanto a mamãe me limpa, o papai fica conversando comigo. Ele faz umas caretas e fica dando uns beijos em mim. Eu até que gosto, mas... só pode me beijar agora porque sou bebê, tá? Durante esse tempo, o papai fica ajudando a mamãe a segurar a pomada e na seqüência ele passa a fralda pra ela. Depois que estou devidamente limpo, “empomadado” e “enfraldado”, chega a hora do meu mama! O papai me pega e me entrega pra mamãe, que já está pronta com o meu lanche da noite. Daí é só correr pro abraço! Eu mamo uns minutos e logo depois eu acabo dormindo no colo dela. É tão gostoso que vocês nem imaginam!

Num desses dias, o papai se arriscou numa tarefa nada fácil. Ele resolveu trocar a minha fralda! É isso mesmo pessoal... ele falou pra mamãe ficar na assessoria e quem ia entrar em ação era ele. Gente, não fale nada pro papai, mas ele definitivamente não sabe me trocar! Bem, ele até que tenta, mas todo esse processo requer muita “expertise” (o vovô Orlando adora falar essa palavra). O papai é todo meio desajeitado pra isso e parece que ele tem duas mãos esquerdas. A fralda ficou um pouco torta, e a “cocozada” seguinte vazou MUUUITO! O papai não é muito bom nesses negócios. Inclusive teve uma outra vez, bem no comecinho, ele se arriscou a me dar um banho (pro desespero da mamãe). Ele tava me segurando dentro da banheira quando de repente... VUPT... escorreguei e tomei aquele caldo! A mamãe rapidamente me pegou pelo braço e eu logicamente, abri aquele berreiro! Depois do banho, o papai me pegou no colo e me encheu de cheiros.

Aliás, eu ADORO colo! Seja de quem for! Dizem que não pode ficar pegando bebê direto, porque pode se acostumar. Ahh, mas quer saber, eu não ligo, viu? Logo que eu adormeço no colo, o papai ou a mamãe me colocam no berço. Muitas vezes eu não gosto e já começo a chorar em seguida! Pôxa, o berço tá frio, né? Eles também me colocam no carrinho e adivinhem o que eu faço? Abro aquele berreiro! Mas com o tempo eu vou me acostumando. O papai que diz pra eu aproveitar pra dormir agora porque quando eu for mais velho, não vou ter tempo de dormir, porque vai ter colégio e mais um monte de atividades.

Ahh... e eu vou achar muito legal se você deixar um recado pra mim! Eu adoraria ler! :-)


Resumindo: a vida de bebê não é fácil! Ninguém entende a gente. Se a gente chora, é porque algo não está legal... simples assim, viram?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Nascimento

Alguns dias antes do parto, fomos visitar um médico pediatra pra ver se o mesmo atendia as nossas exigências, como por exemplo, que tivesse o consultório próximo a nossa residência e que, eventualmente pudesse nos atender em horários alternativos. Por indicação de alguns amigos e da própria médica obstetra, marcamos uma consulta e mais tarde fomos conhecer o médico. O doutor foi muito simpático e curioso sobre a gestação e sobre nós. Fizemos algumas perguntas sobre o parto e todas foram respondidas claramente. Saímos do consultório cativados pela confiança transmitida à nós.

Com o pediatra escolhido, no início da semana seguinte, fizemos a última ecografia para checar a maturidade da placenta e ver se havia grumos presentes. O resultado nos mostrou que o Davi estava praticamente pronto pra nascer! Ainda naquela semana, fomos à consulta com a médica obstetra. Nessa consulta, a doutora fez uma análise da última ecografia e chegou a mesma conclusão, porém, para que ele ficasse 100% para o nascimento, a doutora pediu pra que a Morgana tomasse uma injeção de corticóide, para que isso fortalecesse o pulmão do Davi. Com a consulta chegando ao final, resolvemos marcar a tão esperada data: 27 de março! Não houve uma razão sólida para marcarmos esse dia. Apenas porque era fim de semana e isso iria nos facilitar a vida. Além disso, a Morgana já estava muitíssimo cansada e tudo nela doía.

Ainda no consultório da doutora, com a ajuda da secretária, começamos os procedimentos para marcar a data e o horário na maternidade. Dali pra frente a nossa ansiedade estava alcançando níveis estratosféricos!

Passaram-se os dias e eis que chega a data prometida. No dia 27 acordamos bem cedo para deixar o nosso apartamento em ordem, afinal não queríamos chegar com o Davi e ver o apê virado de cabeça pra baixo, não é? Os ânimos (e os hormônios) da Morgana estavam altíssimos! Só pra terem uma noção, eu falava: “Mor, é verde!” e ela: “ÉVERMELHOÉVERMELHOÉVERMELHO!!!!!” Sentiram o drama, né?

Pois bem, chegando à maternidade, nos dirigimos ao balcão de internamentos. Tivemos que esperar um bom tempo, pois havia algumas futuras mamães na fila. Com a paciência dando piruetas, finalmente fomos atendidos. Enquanto a Morgana ficou preenchendo a papelada, eu fiquei guardando nossas malas e esperando a liberação para o quarto.

Aguardando o internamento.

Já no quarto, com as nossas coisas arrumadas e com a Morgana deitada na cama esperando ser atendida, os pais dela chegam tão ansiosos quanto nós. Por volta das 11h00 da manhã, a enfermeira chega ao quarto para levar a Morgana para os procedimentos iniciais pra cesárea. Enquanto encaminham-na para receber as anestesias, o pai, que nesse caso sou eu - é um mero coadjuvante nessa história - segue para uma outra sala, no piso de baixo, para trocar de roupa e ficar aguardando ser chamado apenas para ver o bebê sair.

Um pouco nervoso na espera de ver o Davi nascer!

Bem, e lá fui eu me trocar e aguardar! Durante a minha espera, reencontrei o nosso médico pediatra e a doutora obstetra. Ambos me confortaram e disseram que estava tudo bem. Também fiquei conversando com outro papai que já era veterano nessa história de assistir parto de filho. Ele já tivera outros e pra ele, aquilo não era novidade. Já eu... bem, suava nas mãos e não conseguia ficar quieto. Nisso, o papai veterano subiu! “Meus deuses, logo sou eu!” – pensei. Não demorou muito e escutei a enfermeira me chamar: “Marido da Morgana, pode subir!” Ihh caramba... viagem sem volta! Lá vou eu! Confesso que estava com um leve receio de passar mal por ver a barriga aberta e todo aquele sangue. Mas, acredito que por causa da adrenalina, tudo isso passou batido.

Empunhando a câmera digital, vi a Morgana deitada na maca com um sorriso (de nervosa, claro!) de orelha a orelha. Ela aparentava estar muito bem, o que me deixou mais tranqüilo! Com o início da cesárea, fiquei todo o tempo ao lado da Morgana, às vezes filmando, às vezes batendo fotos! Conversava com os anestesistas e eles me falavam: “Pra gente isso aqui é super normal!”. “Ahh sim, claro...” - completava eu! Eles haviam colocado um pano na altura do peito da Morgana, obstruindo a minha visão. Mas o pano era muito transparente e daí podia-se ver tudo que estavam fazendo. Além do mais, as armações de metal das luzes que estavam acima de nós, refletiam tudo. A Morgana, chorando de felicidade, me perguntava se eu conseguia ver alguma coisa. Eu respondia: “Estou vendo algo redondo. Acho que é a cabecinha do Davi!” Nisso, o anestesista que estava ao meu lado me corrigia: “Não é a cabeça! É o útero!”. Com essa minha bola fora, a doutora fala em seguida: “LEVANTA PAPAI!” No mesmo instante eu levanto e começo a filmar o Davi saindo. Nessa hora, eu não me lembro de muita coisa! Era um turbilhão de emoções invadindo meu coração! A única coisa que eu pensava era pra não tremer a mão pra não prejudicar a filmagem. Tanto eu, quanto a Morgana estávamos sentindo as mesmas coisas. É um sentimento muito forte e único, que infelizmente nem todos tem o prazer de sentir. Eu já fiz coisas bem inusitadas, como pedalar mais de 2000 km numa viagem de bicicleta, mergulhar em cavernas totalmente escuras e saltar de pára-quedas a mais de 4 quilômetros de altura, com queda livre superior a 200 km/h. Nem tudo isso é páreo para o sentimento de assistir um filho nascer!

A família reunida!

Levando o Davi para o berçário.

Pois bem, com o Davi presente no nosso mundo, rapidamente os médicos começaram os procedimentos de limpeza. O pediatra chegou até nós com o Davi enrolado, nos mostrou e em seguida pediu pra que eu o acompanhasse até outra sala. Pensei: “Ahh, mas eu não desligo essa câmera de jeito algum!”. Minhas pernas tremiam! Nessa sala, o médico começou a analisar o Davi e pediu pra que eu parasse de filmar por alguns instantes. Ele então limpou o Davi “por dentro”, tirando todo o resto do líquido amniótico. Pediu novamente pra que eu, se quisesse, começasse a filmar. É lógico! Com a câmera ligada, filmei a enfermeira tirando a impressão do pezinho e o doutor verificando braços e pernas. Em seguida, voltei para a sala onde estava a Morgana e oficialmente aconteceu o primeiro encontro da família Scapini Araujo. E com direito a foto, claro!

Após essa rápida reunião, o pediatra pediu que eu seguisse com o Davi até o berçário para que fizessem o levantamento dos dados físicos. Com o filhão nos braços, ao sair da sala de parto, reencontrei os pais da Morgana. A minha sogra, com os olhos cheios de lágrimas, pediu para vê-lo. Meu sogro, que não queria dar o braço a torcer, estava muito nervoso também.

No berçário, a enfermeira mediu e pesou o Davi, enquanto outra enfermeira anotava os dados. Feito isso, ele ficaria por algumas horas em observação.

Depois dessa montanha-russa de emoções, eis os dados do Davi: nasceu as 11h53m da manhã do dia 27 de março de 2010, pesando aproximadamente 3,375 quilos e medindo 48,5 centímetros.

"Cheguei pesando mais de 3 quilos...

... e medindo 48,5 cm!"

A identificação da maternidade.

A Morgana continuou na sala de parto onde os médicos ficaram costurando sua barriga. Somente após uma hora ela retornaria ao quarto. Na sequência chegaram os meus pais e infelizmente não puderam vê-lo, somente depois de 4 horas, quando ele retornaria ao quarto.

"O papai é só sorrisos..."

"... embora as vezes ele me sacaneia!"

Ainda no dia do nascimento, na maternidade, começamos a receber algumas visitas de amigos e familiares, todos querendo saber como foi! Pra mostrar para aqueles que estavam longe, usei a tecnologia a nosso favor. Comecei a mandar mensagens pelo celular avisando aos quatro ventos que o Davi havia nascido. Foram muitos torpedos, posts no Twitter, Orkut e Facebook. Inclusive um pequeno vídeo filmado direto do celular para o YouTube. Quase que instantaneamente, começou a chover recadinhos! É muito legal saber da preocupação (e a curiosidade) de todos!

"Com a vovó Jussara. (Vovô Guino, cadê você?)"

"Com a tia Juliana."

"Com os dindos Guto e Bruna."

Durante a tarde, tanto os meus pais quanto os meus sogros ficaram fazendo companhia para nós. A primeira noite na maternidade não foi fácil! Mesmo tendo o suporte das enfermeiras, o Davi deu trabalho. Era ele querendo mamar em horários alternativos, fralda suja, desconforto com alguma coisa externa... foram vários os motivos de irritação. Eu e a Morgana quase não dormimos. Eu devo ter dormido umas três horas, no máximo.

"Êêêê papai... tá aprendendo ainda, hein?"

No dia seguinte não foi muito diferente. Visitas, presentinhos e todos querendo saber do Davi. Aconteceu também o primeiro banho, ainda na maternidade. Foi uma choradeira só! Quem deu o banho foi uma das enfermeiras do berçário e pra ela, aquilo era rotina e podia fazer quase que com uma mão nas costas! Ok... não precisa humilhar, né?

Nessa noite, conseguimos relaxar um pouco mais, pois mandamos o Davi para o berçário mais cedo. Aproveitamos o sossego e começamos a fazer as malas para ir embora no dia seguinte.

"Mamãe me observa no meu primeiro banho!"

"Ainda não me acostumei com a chupeta."

"Essa minha mãe é lindona, né? Fala sério..."

"Papai, não babe tanto em mim, né?"

"Com a tia Rafa."

"Com a minha futura dentista tia Débora e sua família."

"Com os amigos do papai, tia Kelly e tio Fernando."

No último dia, ainda pela manhã, recebemos mais duas visitas. Em seguida, começamos os procedimentos para deixar a maternidade e voltar para casa. É uma burocracia grande e necessária. Tem que levar papel e pegar assinaturas de um monte de gente. Aproveitei e resolvi registrar o Davi ali mesmo na maternidade: DAVI SCAPINI ARAUJO.

"Com a tia Têre, tia Lu e priminho Arthur."

"Com a amiga da mamãe, tia Melissa e sua filha Rúbia"

Levantamos acampamento e fomos pra casa. Eu, a Morgana, minha sogra e é claro, o Davi. É uma sensação nova, diferente... levar uma “pessoinha” que daqui pra frente estará nas nossas vidas pra sempre, requer todo cuidado.

Foi chegar em casa que a nossa vida mudou pra valer. A nossa rotina diária mudou completamente. Tudo é em função do Davi. Horários principalmente! Temos que comer e descansar quando ele está dormindo. Qualquer chorinho ou grito, é sinal para que fiquemos em alerta. Uma coisa que aos poucos eu já aprendi, é que se está chorando, é porque está com fome ou a fralda está suja. Pode ser uma leve “freadinha” ou um trabalho realmente sujo, se é que me entendem. Se algo incomoda o bebê, ele vai chorar e muito até que você solucione o caso.

"Mulherada, vem que eu tô fácil!"

ZZZZZZZzzzzzz......

"Quando eu não estou sujando fraldas ou mamando, só me resta dormir..."

"Eu adoro ficar no colo do papai! Ele sabe me acalmar rapidamente!"

"Quando tem sol, eu fico bronzeando meus pés."

"Com o tio Faéu."

"Com o tio Walace, tia Danúbia e os primos Luiz Henrique e João Guilherme."

"Com o tio Vini."

"No colo da vovó Gelssi com o vovô Orlando."

"Eu sou como a minha irmã Lilo,
não gosto de tomar banho!"

"Embora essa posição não seja ruim!"

"Olha só como eu fico de boa!"

"As vezes eu dou umas bitocas na mamãe..."

"... e o papai me enche de carinho!"

"Quem nasce sou sou e quem ganhou o presente foi o papai.
Foi o vovô Orlando quem deu!"


E para os futuros papais e mamães que estão lendo esse blog, infelizmente é a mais pura verdade, mas vocês não conseguirão mais dormir... pelo menos sem ser interrompidos. O que dizem, e eu acho que é verdade, é que nos três primeiros meses quase não temos sossego. O nervosismo dos pais anda alto? A choradeira da mãe é constante? É claro! A Morgana sabe disso. Mas tudo isso é altamente compensador. Ao ver o rostinho, os pequenos gestos desengonçados, os olhos que aos poucos vão se abrindo... tudo isso acaba anulando todo aquele sono e cansaço. A cada dia ocorre uma novidade! Tem pessoas que dizem que nunca gostariam de ter filhos. Olha, vocês devem ter seus motivos, mas infelizmente nunca poderão sentir as alegrias e as emoções únicas compartilhadas entre pais e filhos.

---

Bem, por hora vou encerrar esse post. Agradecemos imensamente todos os recados que de alguma forma chegaram até nós, seja pelo celular, Twitter, Orkut ou Facebook. Pode ter certeza que lemos tudo o que nos escrevem. Agora vocês vão me dar licença, pois como pai de primeira viagem e com filho completando 10 dias, eu estou cansado e com sono! Até a próxima!

Ahh... e não esqueça de deixar seu recadinho! :-)